20 de julho de 2014 – 16º Domingo do Tempo Comum Ano A

Em geral, somos inclinados a julgar com rigor as outras pessoas e a aplicar às nossas faltas e fraquezas uma falsa indulgência.
O mal agrava-se quando tentamos justificar este rigor implacável para com os outros apelando para o zelo pela glória de Deus.
Comparamo-nos e encontramo-nos melhores, porque nos parece que somos cuidadosos em cumprir todos os nossos deveres para com Deus.
A Liturgia deste 16º Domingo do Tempo Comum ajuda-nos a compreender que não é este o procedimento que o Senhor aprova em nós.
Ele prefere a misericórdia ao rigor da aplicação da lei.

Santidade (justiça) tolerância e misericórdia
«Tendo embora o domínio da força, Vós julgais com brandura e nos julgais com muita indulgência».
Conhecemos Deus a partir das nossas experiências
Pessoais, iluminadas pela luz da Revelação. Esta realidade pode levar-nos a imaginar o Senhor à nossa imagem e semelhança, com as nossas limitações, contradições e defeitos.
Mas Deus é perfeitíssimo e não só não se dá a contradição entre as diversas virtudes que Lhe atribuímos, como, segundo o nosso modo de nos exprimirmos, todas as virtudes em Deus são como faces do mesmo diamante.
Crescimento harmonioso das virtudes. Também não pode haver contradições entre as nossas virtudes humanas e as sobrenaturais, porque todas procedem da mesma santidade de Deus.
Contudo, segundo o nosso modo humano de entender as coisas, há momentos na vida em que nos parece que, ou se há-de aplicar uma ou a outra, porque as duas mutuamente se excluem: ou ser justo, exigindo aos outros até ao último centavo, ou ceder à misericórdia, fechando os olhos e deixando que nos prejudiquem.
Deus não receia ser prejudicado nos Seus interesses e na glória que Lhe é devida. Espera pacientemente a nossa conversão, não com uma vigilância fria e policial, mas com apelos constantes e intensos de amor à nossa conversão.
Tolerância e intransigência doutrinal. Não podemos imaginar o Senhor à nossa imagem e semelhança, impaciente intempestivo, perante as faltas dos homens.
Tolerar fala-nos de acolher alguém de que não gostamos, ou atitudes delas que nos custam aceitar.
Não significa, em princípio, que aquilo que se tolera seja necessariamente mal. Há muitas coisas objetivamente boas de que nós não gostamos, mas agradam a outros.
Mas também não exige a aprovação de tudo o que toleramos. Muitas vezes sabemos perfeitamente que uma coisa está mal. E depois de termos feito todas as diligências que estão ao nosso alcance, para que a situação se modifique, chegou a vez da tolerância.
A tolerância faz referência ao convívio com os outros, à comunhão de vida, mesmo com aqueles que não nos são simpáticos.
Esforcemo-nos por um maior empenhamento na missão da Igreja, como bons filhos que desejamos ser.
Demos testemunho de tolerância e compreensão para com os outros… e seremos mensageiros da paz e da alegria.

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