Com esta celebração damos início às Festas Pascais.
Ao chegar a hora de partir para o Pai, Cristo despede-se e entrega à Sua Igreja a Nova Páscoa, instituída em Ceia de Amor, sacramento da Sua Paixão, Morte e Ressurreição.
- O povo de Deus na História, hoje, é a Igreja.
O mundo está cheio de muitas crises cujo fundamento e origem se situa nas infidelidades das pessoas.
Procuram-se respostas para a crise de fé, de insegurança, de identidade de vida alicerçada em Deus.
A Páscoa da Nova Aliança foi inaugurada por Cristo na última Ceia, é perpetuada na Eucaristia, pertence ao novo povo de Deus.
É uma herança, um património, a assinalar o que se passou no Cenáculo, no Horto, nos tribunais de Jerusalém e no Calvário.
Tudo aponta para a Ressurreição como atualização do desígnio salvador de Deus.
- As comunidades, embora aceitem com alegria a mensagem de Jesus Cristo, não deixam de sentir as perturbações, as discórdias que, como em Corinto, as levam a perder os rumos certos.
A intervenção de S. Paulo baseia-se na Celebração da Eucaristia, memorial da Morte do Senhor e fonte de renovação permanente para os cristãos.
Para nós a Eucaristia é solução para os cansaços, desânimos, discórdias, crises familiares, abandono espiritual e moral das crianças e dos jovens, isolamento dos mais velhos.
Aí está a fonte que purifica e renova os corações, dá crescimento, dinamismo e eficácia às nossas comunidades.
Aí se alimenta a esperança do Povo de Deus no meio de todas as crises.
Na Última Ceia o Senhor fez dois gestos que ficaram pertença do património da vida da Igreja.
– ao lavar os pés aos discípulos comprometeu-nos a uma linha de serviço humilde aos irmãos.
– instituindo a Eucaristia – e o sacerdócio ministerial –, fez-nos participar do Seu Corpo e Sangue, deu-nos a Sua própria vida, e transformou-se em fonte de unidade de todos os que nele comungam.
- O nosso culto é para prolongar na vida, na dedicação aos pobres, às crianças, aos mais velhos, aos marginais e desempregados, aos refugiados e tristes…
- Jesus pediu unidade. Continuam as divisões, os conflitos de competências, as invejas mesquinhas, as murmurações destruidoras e as omissões egoístas.
O Tríduo Pascal, hoje iniciado, terminará na madrugada da Ressurreição se aceitarmos as exigências da Última Ceia.