21 de dezembro de 2014 – 4º Domingo do Advento –Ano B

Ao longo das quatro semanas do Advento, símbolo do tempo intercalado entre Adão e Jesus Cristo, a Liturgia colocou sinais que nos revelavam a vinda do Redentor.

A última mensagem desta caminhada é que Jesus será filho de Maria-sempre-virgem. Maria aparece neste final deste Advento como sinal da proximidade de Deus em relação a cada um de nós.

Preparemos o nosso coração, examinando toda a desordem moral que nele se encontrar e peçamos humildemente perdão dos nossos pecados.

Maria, sinal da benevolência de Deus.

Acaz, rei descendente de David, ao ver o trono em perigo, perante a ameaça dos arameus e do reino de Israel, perdeu completamente a fé e a confiança no Senhor

É nesta difícil situação que o profeta Isaías, por mandato do Senhor, se apresenta a incutir-lhe confiança em Deus e a pedir-Lhe um sinal como garantia dessa proteção.

Com fingida piedade, Acaz recusa-se a fazê-lo alegando que não quer tentar ao Senhor.

Isaías, perante a frieza do rei, anuncia-lhe um sinal de que não só a sua família não acabará, mas nascerá um Menino que uma virgem conceberá e dará à luz.

Maria, a sempre Virgem, Mãe de Jesus, é o último sinal desta Advento. A promessa feita pelo Senhor aos Patriarcas e Profetas vai cumprir-se. O Senhor virá! Será filho virginal de Maria que, sem perda da sua virgindade, dará à luz o Emmanuel – Deus connosco.

Maria, sinal de Deus.

Nossa Senhora tem sido sempre um sinal confortante da proximidade de Deus na vida de cada um de nós.

Quando nos encontramos desanimados, tíbios, e nos voltamos para Ela, por alguma pequena prática de devoção, sentimo-nos rejuvenescer no Amor de Deus.

Se encontramos uma pessoa que vive afastada dos caminhos de Deus, atolada nos lodaçais do pecado, mas conseguimos acender nela uma centelha de devoção a Maria, tem o seu regresso a Deus assegurado.

Preparemos o Natal com Ela.

Maria prepara-nos um caminho seguro para Deus, se nos confiarmos a Ela nos entregarmos de todo o coração.

Não se trata, pois, de uma devoção com vã observância – uma devoção cheia de sentimentalismo sem correspondência na vida – mas de um esforço sincero para a acompanhar com o desejo de fazer a vontade de Deus.

O anúncio da Virgem concebendo e dando à luz enche-nos de segurança nos caminhos da nossa vida interior.

Jesus, Filho virginal de Maria, esposa de José

O Evangelho conta-nos as horas dramáticas que precederam o nascimento de Jesus, vividas por Maria e José.

É possível que José tenha acompanhado Maria a casa de Isabel e aí ouvido a saudação de Isabel, proclamando-A «a Mãe do meu Senhor». Maria confirma a afirmação da sua parente e rompe num cântico de acção de graças ao Senhor.

Ou então, no regresso de Ain Karin, Maria, possivelmente já no quarto mês, apresenta-se claramente com o sinal da maternidade.

A caminho para Belém! Se Lhe perguntássemos por que permite tanto sofrimento nas duas criaturas que mais ama, Ele responder-nos-ia como o fez a Santa Teresa de Jesus: «É assim que Eu trato os Meus amigos.» Não nos podemos aproximar de Deus, neste Natal e sempre, fugindo à cruz.

Reconciliemo-nos com Deus e com os irmãos, para acolhermos de todo o coração a mensagem d Paz do Natal que se aproxima.

Procuremos, aproximando cada vez mais de Maria, por uma verdadeira devoção, a nossa identificação com Jesus Cristo.

Sigamos esta indicação que nos vem do Alto, procurando conduzir as pessoas ao encontro do senhor por este caminho fácil e seguro.

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