18 de março de 2018 – 5º Domingo da Quaresma – Ano B

A Quaresma que estamos a celebrar como preparação para a Páscoa, não é mais do que uma chamada de atenção para o espírito de penitência que não pode faltar em todos os que consideram a Páscoa um acontecimento central da nossa fé.
De um modo especial na Quaresma, cada momento da nossa vida é acompanhado de uma graça especial que não devemos desperdiçar, para não pôr em perigo a nossa salvação eterna.
A graça, porque divina, é permanente, mas porque nós somos inconstantes, temos de começar e recomeçar muitas vezes os caminhos da correspondência ao amor de Deus.
Daí a necessidade de humildemente nos voltarmos para Deus buscando a Sua ajuda pela oração, pela frequência dos Sacramentos, nomeadamente da Penitência e da Eucaristia, pela mortificação que principalmente nos leva a aceitar cristãmente a cruz de cada dia. Então todas as realidades humanas serão ocasiões de encontro com Deus. Estaremos unidos ao Senhor dispostos a cumprir a Sua vontade.
Por isso na primeira leitura o Povo de Deus, que fez a dolorosa experiencia do exílio da Babilónia, saiu desse fracasso mais adulto na fé. Depois de um longo período de reflexão, de penitência e purificação, o Povo Eleito encontra de novo a promessa da Aliança.
Deus está solidário com o Seu Povo numa Aliança Nova. A Aliança que se seguirá será mais prometedora: será uma Aliança que ficará gravada no coração do homem e que o profeta Jeremias anuncia ao Povo de Deus pela primeira vez.
O Senhor mais uma vez nos diz que quer estabelecer com cada um uma aliança, mas para isso exige de cada um de nós um coração puro, tal como suplicámos no Salmo.
Devemos, pois, viver na certeza de que o Senhor não olha ao nosso passado, mas sim ao coração puro para viver com Ele uma Nova Aliança. Sabemos que Deus, a cada momento, nos oferece o Seu perdão.