O rei Acaz, dominado pela falta de esperança, recusa-se a pedir a Deus um sinal de que não o deixará ao desamparo, quando for atacado pelos inimigos.
Isaías profetiza o sinal de que a casa de David não será destronada: uma Virgem conceberá e dará virginalmente à luz.
Maria, sinal da benevolência de Deus
Acaz, rei descendente de David, ao ver o trono em perigo, perante a ameaça dos arameus e do reino de Israel, perdeu completamente a fé e a confiança no Senhor
É nesta difícil situação que o profeta Isaías, por mandato do Senhor, se apresenta a incutir-lhe confiança em Deus e a pedir-Lhe um sinal como garantia dessa protecção.
Com fingida piedade, Acaz recusa-se a fazê-lo alegando que não quer tentar ao Senhor.
Isaías, perante a frieza do rei, anuncia-lhe um sinal de que não só a sua família não acabará, mas nascerá um Menino que uma virgem conceberá e dará à luz.
Maria, a sempre Virgem, Mãe de Jesus, é o último sinal desta Advento. A promessa feita pelo Senhor aos Patriarcas e Profetas vai cumprir-se. O Senhor virá! Será filho virginal de Maria que, sem perda da sua virgindade, dará à luz o Emmanuel – Deus connosco.
Maria, sinal de Deus. Nossa Senhora tem sido sempre um sinal confortante da proximidade de Deus na vida de cada um de nós.
Quando nos encontramos desanimados, tíbios, e nos voltamos para Ela, por alguma pequena prática de devoção, sentimo-nos rejuvenescer no Amor de Deus.
Se encontramos uma pessoa que vive afastada dos caminhos de Deus, atolada nos lodaçais do pecado, mas conseguimos acender nela uma centelha de devoção a Maria, tem o seu regresso a Deus assegurado.
Preparemos o Natal com Ela. Maria prepara-nos uma caminho seguro para Deus, se nos confiarmos a Ela nos entregarmos de todo o coração.
Não se trata, pois, de uma devoção com vã observância – uma devoção cheia de sentimentalismo sem correspondência na vida – mas de um esforço sincero para a acompanhar com o desejo de fazer a vontade de Deus.
O anúncio da Virgem concebendo e dando à luz enche-nos de segurança nos caminhos da nossa vida interior.
Jesus, Filho virginal de Maria, esposa de José
O Evangelho conta-nos as horas dramáticas que precederam o nascimento de Jesus, vividas por Maria e José.
É possível que José tenha acompanhado Maria a casa de Isabel e aí ouvido a saudação de Isabel, proclamando-A «a Mãe do meu Senhor». Maria confirma a afirmação da sua parente e rompe num cântico de acção de graças ao Senhor.
Ou então, no regresso de Ain Karin, Maria, possivelmente já no quarto mês, apresenta-se claramente com o sinal da maternidade.
A angústia de José. É precisamente nesta ocasião que José começa a ser atormentado por um problema de consciência: Maria vai ser Mãe, e ele – esposo de Maria – tem a certeza de que não é o pai daquela criança, embora possa oferecer a sua vida como garantia da fidelidade de Nossa Senhora.
Não estará ele neste mistério como um intruso indigno e que, portanto, deve afastar-se quanto antes?
Pesa sobre ele uma outra razão: a Lei, numa situação destas, obriga-o a repudiar a Esposa que ele sabe estar inocente. Passa então a dar voltas à imaginação sobre como poderá harmonizar estas exigências. É justo, e não quer lançar sobre Maria a mais leve sombra de suspeita, pelo que resolve repudiá-l’A em segredo.
A nobreza do santo Patriarca. Vai chamar sobre si todo o odioso desta situação, porque o vão julgar um homem desumano, sem coração, que abandona a esposa no momento em que Ela mais precisa de amparo.
Que belo exemplo nos dá o santo Patriarca de domínio dos seus juízos e de procurar sempre o lado positivo das pessoas, evitando prejudicá-las!
Entretanto, Maria sofre também nestes momentos que deviam ser para ela os mais felizes de sempre.
Nesta situação extrema, Deus envia o Seu anjo em sonhos a José, transformando em alegria o que antes era um martírio.
Agradecemos ao Senhor que nos tenha dado, por este meio, um testemunho tão valioso da virgindade de Nossa senhora.
A caminho para Belém! Se Lhe perguntássemos por que permite tanto sofrimento nas duas criaturas que mais ama, Ele responder-nos-ia como o fez a Santa Teresa de Jesus: «É assim que Eu trato os Meus amigos.» Não nos podemos aproximar de Deus, neste Natal e sempre, fugindo à cruz.
Reconciliemo-nos com Deus e com os irmãos, para acolhermos de todo o coração a mensagem d Paz do Natal que se aproxima.
Procuremos, aproximando cada vez mais de Maria, por uma verdadeira devoção, a nossa identificação com Jesus Cristo.
Sigamos esta indicação que nos vem do Alto, procurando conduzir as pessoas ao encontro do senhor por este caminho fácil e seguro.