15 de fevereiro de 2020 – 6º Domingo do Tempo Comum – Ano A

Seja qual for o ambiente em que nos movimentamos, a vida coloca diante de nós uma diversidade de caminhos possíveis e força-nos a fazer escolhas a tomar decisões. É assim, nas situações mais simples do dia-a-dia, como nos momentos em que é preciso fazer grandes opções que se projetam no futuro: a escolha de uma profissão, a descoberta de uma vocação, uma mudança de vida.

A história do Povo de Deus – que a Bíblia resume no Antigo e no Novo Testamento, e se prolonga até aos nossos dias – é a história da liberdade dos homens, diante do plano de Deus.
Ele manifesta-Se àqueles que escolheu, tornando-Se presente na sua vida, para lhes dar a conhecer a Sua vontade. Pede a Abraão que o siga, e a Moisés que abandone o Egipto e conduza o povo de Israel até à Terra Prometida; mas aguarda a resposta pessoal e livre de cada um, à Sua proposta de Salvação. Permite que Israel faça a experiência privilegiada da Sua presença, durante a travessia do deserto; mas não impede que surjam o desânimo e a revolta no povo que nem sempre reconhece Aquele que o acompanha.
Estabelecendo com cada homem, desde o primeiro instante de vida, uma relação de amor, Deus espera de cada um, uma resposta pessoal de amor. E, porque só é possível amar quando se é livre, Deus quer que o homem escolha entre o caminho da Salvação, que conduz à vida, e o caminho do pecado, que, destruindo a sua relação com o Pai, o afasta d’Ele para sempre.
A cada um de nós, Deus deu a conhecer a Sua vontade, os Mandamentos porque sabe que, aderindo a ela pelo coração, seremos verdadeiramente felizes. Mas permite que, na prática da nossa vida, aceitemos ou rejeitemos as normas que nos propõe. Conhecendo até que ponto a nossa imperfeição e fraqueza nos impedem de O seguir, Deus quis viver entre nós, na pessoa de Jesus. É ele que vem apontar-nos o caminho do Reino, escolhendo, em todas as circunstâncias da Sua vida, mesmo na hora da Paixão e da Cruz, a obediência incondicional e livre, à vontade do Pai.
Jesus vem dizer-nos que não basta ser fiel aos mandamentos, à maneira dos fariseus do Seu tempo, que cumpriam rigorosamente a Lei, mas a esvaziavam do seu sentido; Deus não quer a nossa fidelidade por temor do castigo, mas a fidelidade que nasce do Amor.

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