Jesus gosta de falar por parábolas para mais facilmente se fazer compreender, para estar mais próximo daqueles que O ouviam, falando-lhes de coisas que faziam parte do seu dia a dia.
O Senhor do Universo não faz discursos complicados, nem emprega palavras difíceis, mas usa a linguagem simples de um pai que se dirige aos filhos pequenos procurando fazer-se compreender por meio de imagens e exemplos.
As parábolas de hoje trazem-nos uma mensagem de esperança. Quantas vezes desesperamos porque o mundo não é ainda aquilo que nós esperávamos, porque as igrejas não estão tão cheias como desejávamos, porque os católicos não têm o poder de intervenção que seria necessária.
E, no entanto, há tantos indícios de que o Espírito Santo está presente entre os homens: Movimentos de solidariedade que procuram aliviar o sofrimento dos mais necessitados; jovens que sacrificam alguns anos da sua vida, empenhando-se a promover o desenvolvimento dos povos martirizados de África; almas generosas que cuidam das crianças abandonadas; grupos de oração que se revezam para que constantemente se eleve do mundo o louvor a Deus; e tantos, tantos outros sinais de que a semente evangélica não morreu.
Mas enquanto o mal é barulho e espectacular, o bem é silencioso.
A semente que o Senhor lança à terra cresce sem nós darmos por isso. Ela é indestrutível porque foi regada com o próprio Sangue de Cristo. É isto que o Senhor nos ensina e que a fé nos faz acreditar.
É preciso comprometermo-nos com este trabalho do semeador: Lançarmos também nós a semente à terra pela palavra e sobretudo pelo nosso testemunho de vida.
E depois não desesperarmos se não virmos logo o fruto do nosso esforço ou se os vendavais destruam a obra em que púnhamos a nossa esperança.
O Senhor virá, como lemos na primeira leitura, colherá um ramo da árvore derrubada e plantá-la-á de forma a que ele cresça e se torne um cedro majestoso. Sozinhos nunca poderíamos fazer crescer a árvore. Só com a graça de Deus o nosso esforço frutificará.
Vamos pois, como nos diz São Paulo na epístola que lemos, caminhar com confiança sobre os passos do Senhor, comprometendo-nos no Seu projecto, pois só Ele pode transformar o mundo.