Ter devoção a Maria é caminhar na santificação no interior da Igreja

Sendo assim, agradar a Maria é imitá-la, é assumir na vida atitudes idênticas às suas. Muito simplesmente, é colocar-se numa total disponibilidade aos planos de Deus e não fazer dos nossos o único caminho para nos salvar ou salvar o mundo. Não é pensável, por exemplo, que uma pessoa se diga muito devota de Maria só porque vai a uma procissão ou participa de tempos a tempos em alguma festa promovida em sua honra. Ser verdadeiro devoto de Maria é aceitar Cristo e o seu projeto de vida, porque Maria só tem razão de ser em função, em relação a Jesus Cristo, nosso Salvador, de quem foi mãe. É por isso que se costuma dizer vulgarmente que “por Maria se vai a Jesus”. De facto, toda a sua vida esteve marcada pela pessoa de Jesus desde a sua concepção até ao momento da sua glorificação, passando, não esqueçamos isso, pelo momento doloroso da sua presença junto à cruz – o instrumento da nossa salvação. Mas a verdade é que uma grande parte dos cristãos só se fica pela devoção sentimental, pela tradição de fazer isto ou rezar aquilo e não se vê em Maria um modelo de existência cristã, de um ideal de que gostaríamos de viver, na linha da participação e aproximação dos problemas e necessidades dos outros crentes, como ela que “em Igreja” aguarda em oração, pelo Espírito Santo para fazer chegar a todos os homens a Boa Nova do Evangelho ou proposta de vida feliz. Como vemos Maria não hesita em estar com os outros, com aqueles que eram o início da Igreja de Jesus, porque, como diz o Concílio Vaticano II, ela é mãe de Cristo, mas também mãe dos homens na fé e mesmo na sua situação de glorificada depois da morte não deixa de continuar a estar perto de nós, de interceder por nós para nos santificarmos e assim obtermos a nossa salvação que só nos vem de Jesus Cristo.
Por isso, ninguém se pode afirmar devoto a Maria e viver à margem de Cristo e da Igreja, onde escutamos a Sua Palavra e nos alimentamos com os sacramentos. Ser devoto a Maria é entrar na grande família de Deus, onde ela, de facto, por ser a mãe de Jesus, ocupa um lugar especial: uma família onde não há estranhos, nem desprezados ou beneficiados, porque todos assentes no mesmo fundamento que é Jesus Cristo.

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