És capaz de perguntar a Deus?

As questões que fazemos definem-nos mais do que as respostas que damos. Quantas vezes temos a coragem e a sensatez de fazer as perguntas certas e importantes? A nós mesmos, aos outros e a Deus?

Compreender uma pergunta em toda a sua profundidade é já ficar a saber algo essencial. Talvez tão ou mais útil do que a resposta. Saber o que perguntar é já uma sabedoria.

Hoje não temos tempo para nada. Ou melhor, só temos tempo para as mil coisas do dia a dia, para as superficialidades importantes que nos consomem anos e anos da existência.

É preciso parar e ser capaz de colocar muitas coisas em questão, mais ainda se a nossa vida não parece estar a fazer grande sentido.

Talvez fosse bom reservar algum tempo para uma meditação mais calma sobre os pilares da nossa vida, os eixos que nos sustentam, o sentido do que nos move. Não é bom que vivamos sem consciência da realidade que nos envolve, sem sequer nos questionarmos, como se fossemos sábios para quem tudo fosse claro. Quase todos somos especialistas em ter respostas para tudo, mesmo para o que não sabemos.

Perguntar não é uma demonstração de fraqueza ou ignorância. Na verdade, é ter a humildade que permite bater à porta da verdade.

Conhece-se alguém muito mais pelas suas perguntas do que pelas suas respostas.

Saibamos encontrar espaço e tempo para perguntar. Para aprofundar questões e buscar a verdade.

Experimentemos fazer perguntas a Deus. É um excelente ponto de partida… desde que estejamos preparados para moderar a nossa pressa e, mais importante ainda, para que as respostas não sejam as mais confortáveis.

As perguntas que fazes a Deus já revelam muito sobre ti. Estuda-te.

Mas Deus responde? Sim. Sem pressas e supondo que somos inteligentes ao ponto de não precisarmos que nos grite aos ouvidos ou que nos escreva uma carta.

Saibamos nós fazer as perguntas certas e esperar até que a verdade se revele. Nessa altura, tenhamos a coragem de a reconhecer.

O mais difícil não é admirar a verdade, mas mudar a nossa vida em função dela.

 

Fonte: https://agencia.ecclesia.pt/

Autor:José Luís Nunes Martins

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