Diocese do Algarve quer “celebrar a família” e “ser Igreja em missão” no segundo ano do seu triénio pastoral

O segundo ano do Programa Pastoral do triénio que conduz a Diocese do Algarve até 2020 terá como objetivo “celebrar o evangelho da família”, procurando “fazer da eucaristia o centro da vida (espiritualidade) da comunidade paroquial e da vigararia”, sendo nestas duas dimensões (particularmente na última) que incidirá o trabalho pastoral.

Sob o tema “Celebrar a família – Ser Igreja em Missão”, o programa pastoral do ano 2018/2019, que este mês irá ter início, procurou ter em conta “a decisão da Conferência Episcopal Portuguesa, em promulgar um Ano Missionário de outubro de 2018 a outubro de 2019, como resposta à determinação do papa Francisco, em fazer do mês de outubro de 2019 um mês missionário extraordinário”.

A Diocese do Algarve explica no documento programático, ao qual Folha do Domingo teve acesso, que a iniciativa “vem enriquecer” o seu programa pastoral trienal, “quer nos seus conteúdos inspiradores, quer nas suas propostas pastorais”, acrescentando que a Igreja diocesana algarvia “não pode deixar de viver com entusiasmo este Ano Missionário” como “Igreja em missão”.

“Que ao longo deste Ano Missionário, possamos todos – bispo, padres, diáconos, consagrados e consagradas, adultos, jovens, adolescentes, crianças – fazer de modo alegre e entusiasta a experiência da missão, a experiência de partir e sair ao encontro de outros, de outra realidade, de outra paróquia, diocese, país, para sentirmos que somos chamados por vocação a sermos universais, ou seja, a termos responsabilidade não só sobre a nossa comunidade, mas sobre o mundo inteiro”, é referido, pedindo-se aos cristãos algarvios que vejam “cada ocasião como oportunidade para anunciar o evangelho”.

O programa pede ainda que, tendo em conta o próximo Sínodo dos Bispos, dedicado aos jovens, e a centralidade destes na programação diocesana se procure “construir uma pastoral missionária «para» e «a partir» dos jovens”.

Em termos de propostas para este ano de 2017/2018, o Programa Pastoral indica, a nível da pastoral familiar, a necessidade de “dar continuidade à constituição de uma pastoral familiar paroquial, através da criação de uma equipa que promova: a preparação para o matrimónio, o acompanhamento dos casais jovens, o apoio à família na transmissão da fé (ligação entre a família e a catequese), um maior acolhimento e integração eclesial de quem vive em situações de fragilidade, a espiritualidade/oração familiar seguindo o ritmo do Ano Litúrgico”.

O documento exorta também à “reflexão bíblica e a formação sobre a exortação pós-sinodal ‘A alegria do amor’” e a que se procure continuar a “promover o contributo da família nas celebrações litúrgicas e valorizar as bênçãos destinadas à família”. “Além disso, dar o devido realce eclesial e comunitário à Festa da Sagrada Família, aos aniversários matrimoniais, ao dia dos namorados, dia do pai, dia da mãe e dia dos avós”, acrescenta, mantendo uma indicação que já vem do anterior ano pastoral.

“Promover o conhecimento dos Movimentos que privilegiam a realidade familiar e a sua espiritualidade”, “acompanhar e contribuir para as iniciativas vicariais que possam vir a realizar-se” e “dar continuidade à reflexão sobre a Família a partir das catequeses bem como dos novos contributos surgidos do Encontro Mundial das Famílias, em Dublin”, são outras das propostas.

No âmbito da pastoral juvenil, o programa propõe a constituição de Equipas Paroquiais de Pastoral Juvenil “onde ainda não foi possível” para que “se procure conhecer, acompanhar e responder mais adequadamente à realidade juvenil”.

Indica ainda a necessidade de “desenvolver nos jovens a corresponsabilidade e consciência vocacional de que eles são os principais evangelizadores dos outros jovens, incentivando-os e apoiando-os em ações que se tornem propícias ao testemunho e partilha da sua adesão a Cristo e pertença à Igreja” e de “constituir grupos de jovens paroquiais”.

Refere-se também que, tendo presente o próprio programa pastoral, o Sínodo dos Bispos e as Jornadas Mundiais da Juventude de 2019, “o Sector Diocesano da Pastoral Juvenil propõe-se acompanhar e apoiar as Equipas Paroquiais e Vicariais na consolidação das mesmas e nas atividades a serem por elas desenvolvidas”, “realizar um estudo e consequente reflexão do inquérito realizado aos jovens algarvios, de modo a apresentar-se conclusões que levem a uma melhor programação futura”, “realizar, em união com a Pastoral Vocacional, a primeira edição do encontro para jovens namorados cristãos a nível diocesano”, “realizar um Conselho Diocesano de Pastoral Juvenil que seja o espaço propício para o encontro entre os responsáveis dos diversos serviços diocesanos ligados à juventude onde se possa fazer uma reflexão sobre o papel da Igreja na vida dos jovens de hoje”, “acompanhar a participação do contingente algarvio nas Jornadas Mundiais da Juventude no Panamá” e “realizar a XI Edição do Festival da Canção Religiosa de modo a potenciar nos jovens, através da música, um encontro com a Pessoa de Cristo”.

No que concerne à pastoral vocacional, o documento programático destaca a necessidade de “continuar os encontros de sensibilização para uma maior consciência de que a pastoral vocacional, sendo necessária constituir-se como sector ou secretariado”, “deve ser tida como transversal a toda a ação eclesial e como preocupação de toda a comunidade cristã”.

Refere igualmente a necessidade de “promover e realizar encontros vicariais para adolescentes e jovens que se tornem um despertar para a dimensão vocacional da vida”, de “realizar tempos de oração”, de “continuar, através de visitas às paróquias e de encontros vicariais, a incentivar à constituição de equipas paroquiais de pastoral vocacional” que procurem “ajudar o pároco e a comunidade cristã na missão de despertar, apoiar e acompanhar o discernimento vocacional”, “promover um dinamismo vocacional nas comunidades cristãs através de momentos de oração, de reflexão, debate e partilha sobre esta realidade eclesial” e “integrar a dimensão e proposta vocacional nos vários âmbitos da vida paroquial”.

Relativamente à dimensão missionária, o programa pastoral considera oportuno dinamizar o “encontro pessoal com Jesus Cristo” pela participação na eucaristia, na escuta/leitura e reflexão da “palavra de Deus” e pela oração pessoal e comunitária, o testemunho dos “santos, mártires da missão e confessores da fé”, “salientando a vida e a ação missionária do beato Vicente de Albufeira”, a formação “bíblica, catequética, espiritual e teológica sobre a missão” com “temas a privilegiar nas diferentes jornadas de formação”, a “caridade missionária” através da “ajuda material solidária no imenso trabalho da evangelização e da formação cristã nas Igrejas mais necessitadas, através das formas habituais e da próxima renúncia quaresmal” e a “sensibilização e formação para a criação de grupos missionários paroquiais”.

 

 

Fonte:https://folhadodomingo.pt

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