CONVERSÃO E VIRTUDE DA PENITÊNCIA

Para acolher o Evangelho e entrar no Reino de Deus, é necessário arrepender-se e converter-se: “arrependei-vos e convertei-vos para que os vossos pecados sejam apagados” (Act 3,19). A conversão ou metanoia é uma mudança profunda que atinge a forma de pensar e de agir, os critérios e as atitudes. Mas não é apenas uma transformação psicológica e terapêutica. É deixar os nossos caminhos para seguir o caminho que Deus nos propõe em Jesus Cristo. É acolher e aderir à vida nova que Deus nos oferece através do Espírito Santo que transforma o coração dos fiéis e renova a face da terra.
Corresponder ao chamamento de Deus, tornar-se discípulo de Jesus Cristo e viver segundo o Espírito Santo é um processo de transformação que exige esforço e dedicação ao longo de toda a vida. Encontra, na verdade, a resistência da nossa natureza humana, ferida pelo pecado original, com tendências para o egoísmo, vaidade, orgulho, domínio, sensualidade e outros impulsos desordenados. Sem penitência, isto é, sem renúncia a estas tentações, não podemos viver o Evangelho do Reino.
Por isso Jesus, na continuação dos profetas, e designadamente de João Baptista, proclama a penitência como condição para acolher o Reino de Deus. Este é o caminho que nos propõe para nos libertar da escravidão do pecado e nos introduzir na Sua luz admirável (cf. CP 1).
A Penitência apresenta-se, assim, como um caminho que nos renova interiormente, em ordem a alcançarmos a plena estatura da vida cristã. Compreenderemos este aspeto positivo da conversão ao considerar a transformação que se operou na vida daqueles que encontraram Jesus Cristo e acolheram o Seu Evangelho: Os apóstolos, Xaque, a pecadora arrependida, a Samaritana, etc. assim, nas palavras e nos gestos de Jesus, bem como nos frutos de conversão daqueles que n’Ele acreditaram, descobrimos o apelo à penitência como um resumo da missão de Jesus. Se não nos convertermos, não pertenceremos ao Reino de Deus.

Fonte: Boletim da Pastoral Litúrgica

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