Bispo do Algarve pede aos algarvios que acompanhem o Sínodo dos Bispos para a Amazónia

O bispo do Algarve pediu na sexta-feira aos algarvios que acompanhem o Sínodo dos Bispos para a Amazónia cujos trabalhos se iniciaram hoje, no Vaticano.

Na homilia da eucaristia a que presidiu na igreja de São Francisco, em Faro, por ocasião da festa litúrgica de São Francisco de Assis, D. Manuel Quintas considerou que a assembleia “vai ser muito importante para todos” e “não apenas para os católicos e os cristãos porque a natureza tem a ver com todos” e “exige, precisamente, o esforço de todos”.

Neste sentido, alertou que “seja a nível religioso, seja a nível político ou cultural, ninguém pode considerar-se único e exclusivo a defender a natureza”. O prelado considerou que estes dias do Sínodo, que decorrerá até dia 27 deste mês, servirão para crescer na “sensibilidade de olhar para a natureza com respeito”. “Precisamos de nos sensibilizar sempre mais, com equilíbrio e sem extremismos. Estas coisas exigem ponderação para produzirem um efeito positivo, também no que diz respeito à própria defesa da natureza”, sustentou.

O bispo do Algarve considerou que o acompanhamento do Sínodo, “com tudo aquilo que vai ser publicado” sobre o assunto, “ajudará a crescer sempre mais nesta sensibilidade” e, sobretudo, a “criar atitudes” que ajudam na construção da defesa do planeta.

“Não nos fixemos apenas nas informações redutoras que aparecem na comunicação social. O Sínodo da Amazónia vai ser muito mais do que isso. Vai abordar muito mais do que esses assuntos de jornalismo de casa”, pediu.

O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia consultiva de representantes dos episcopados católicos, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o papa no governo da Igreja.

A assembleia especial do Sínodo dos Bispos convocada pelo papa Francisco aborda o tema ‘Amazónia: novos caminhos para a Igreja e por uma ecologia integral’ e congrega representantes católicos do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Peru, Venezuela e Suriname.

A assembleia conta com 185 padres sinodais, 113 de circunscrições eclesiásticas pan-amazónicas (pertencentes a 7 conferências episcopais); marcam presença 13 responsáveis da Cúria Romana, 15 religiosos eleitos pelos superiores gerais e 33 membros nomeados por indicação pontifícia.

Como habitualmente, há seis delegados que representam outras igrejas e comunidades cristãs presentes no território pan-amazónico; 12 convidados especiais como cientistas, peritos no setor do meio ambiente e outras disciplinas; 25 especialistas indicados pelas suas competências específicas.

A região pan-amazónica tem uma extensão de 7,8 milhões de km2, incluindo áreas do Brasil, Bolívia, Perú, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa; dos seus cerca de 33 milhões de habitantes, 3 milhões são indígenas pertencentes a 390 grupos ou povos.

 

Fonte:https://folhadodomingo.pt 

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