3 de fevereiro de 2019 – 4º Domingo do Tempo Comum – Ano C

A vocação é um chamamento de Deus Antes de criar o homem, Deus pensava, já nele e tem um plano eterno a seu respeito. Deus podia não nos ter criado; a criação é uma manifestação do Seu amor gratuito. Deus tem um plano de amor para cada um de nós e chama-nos a realizá-lo. Assim a existência de cada homem é simultaneamente dom que temos que agradecer, mas também encargo que nos traz exigências. Do modo como o realizarmos, depende que alcancemos ou não o fim para que fomos criados.
Este chamamento de Deus dirige-se a todos; a alguns de modo especial, com maior responsabilidade, com maior grau de exigência. É o caso dos profetas, como nos conta a primeira leitura. Como ser livre, o homem fica sempre com a possibilidade de recusar ou aceitar os planos de Deus a seu respeito e as consequências recaem sobre o próprio mas também sobre aqueles a quem prejudicar por não cumprir a sua missão.
Esta missão é fácil, não é comodista. Deus não nos pede nada superior às nossas forças e para o que nos pede garante sempre a todos, as graças suficientes para levarmos a bom termo a tarefa que nos confiou. O importante é que não levantemos obstáculos à ação do Espírito em nós e através de nós. Temos para isso que recorrer aos meios naturais (a saúde e todas as qualidades humanas) e sobrenaturais (oração e sacramentos) de que dispomos. Naquilo que está ao nosso alcance, Deus não nos substitui, pede-nos que façamos tudo o que podemos, mas não nos falta com a Sua ajuda e é Ele que torna eficaz o nosso trabalho apostólico. Se Deus está sempre connosco e se o que fazemos está de acordo com os Seus planos, a nossa ação nunca é em vão. Mas o apóstolo, tal como Deus, não poderá estar à espera da simpatia mundo. Ele está no mundo mas não é do mundo. Não pode agradar a todos, desvirtuando a mensagem que transmite, nem torna-la menos exigente. O apóstolo sabe que a sua missão o identifica com Cristo que, como nos mostra o Evangelho, não foi bem recebido na Sua própria terra; não pode esquecer que é apenas um discípulo e que há-de percorrer o caminho que o próprio Jesus Cristo percorreu.
Vemos assim que a fortaleza é a grande virtude do apóstolo: para anunciar sem desfalecer a mensagem de salvação. Essa fortaleza assenta na Fé e exige um exemplo na própria vida. E essa fortaleza baseia-se na caridade. Como nos diz São Paulo, essa é a grande virtude que fica até depois das outras terem desaparecido.
Para se ser apóstolo tem que se estar possuído do Amor de Deus, para através d’Ele amar a todos os homens. São Paulo, que dizia poder tudo n’Aquele que o conforta, fala-nos na caridade no belo texto da segunda leitura. Pensemos que só com a caridade podemos dar-nos à missão que o Senhor nos destinou.

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