3 de abril de 2021 – Solene Vigília Pascal

1-Jesus Cristo, Cordeiro pascal, obra mais excelente.

Que belo é Cristo nosso Cordeiro Pascal. Ele é a obra mais excelente de toda a criação. Ele é a plenitude de toda a criação por isso n’Ele a criação está chamada à sua plenitude.

Jesus ao Incarnar e ao dar a vida por nós levou-nos no dinamismo que nos constituiu em filhos de Deus e a projetar tal dinamismo até à sua plenitude pela eficácia em nós da Sua ressurreição.

Cristo é a obra mais excelente. Deus feito Homem. Deus que se oferece por nós. Deus que nos ama com essa amplitude infinita. Deus maravilhoso, paciente e cheio de misericórdia.

A Páscoa do Senhor é só amor pleno e um convite transbordante a uma resposta pessoal de amor, de doação e de entrega.

 

 

2-Jesus Cristo em nós pelo Batismo

Este dinamismo da Morte e Ressurreição de Cristo está enxertado em nós pelo batismo. Em Cristo fomos constituídos em filhos de Deus. Mergulhamos com Cristo na morte e com Ele ressurgimos homem novo pela água, pelo sangue e pelo Espírito.

Não há antropologia mais rica e cheia de mistério do que a pessoa humana mergulhada na comunhão trinitária e participando no dinamismo da comunhão na e com a Igreja.

Que as torrentes de amor, semelhantes à força das correntes de água viva e da força das correntes do mar da libertação, sejam realidade em nossa vida e na vida do mundo. É dessa corrente, dessas fontes de amor que o mundo precisa para descobrir a beleza deste Deus, e se comprometer com Ele.

 

 

3-Cristo Ressuscitado: centralidade dos discípulos e de Pedro.

Cristo ressuscitado encontra-se sempre connosco. “Ele se oferece continuamente por nós e nos defende com a sua intercessão. Foi imolado sobre a cruz, mas não morrerá jamais; foi morto mas agora vive para sempre” (prefácio pascal III).

Que certeza é a sua presença! Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. É esta presença amiga e salvadora que os apóstolos experimentaram em todos os momentos, mas sobretudo nos mais exigentes e difíceis. É esta presença que a Igreja experimenta nas horas serenas e de paz, mas que também experimenta nas horas de perseguição, ataque e martírio.

Como os apóstolos fazemos a experiência do ressuscitado que se revela na sua Igreja, nos seus sacramentos, na eficácia da Boa Nova, na nossa comunhão e unidade. Unidos aos pastores e ao Santo Padre encontraremos a Jesus Ressuscitado com a limpidez dos primeiros tempos.

 

 

4-Anunciadores e Testemunhas do Ressuscitado.

Emerge do nosso ser cristão, mergulhado no mistério pascal de Cristo, sermos anunciadores e testemunhas da sua presença, do dinamismo da sua entrega, da sua constante salvação. Um dinamismo plurifacetado, unido e harmónico do nosso ser de sacerdotes, profetas e reis. A nossa tarefa é dinâmica porque ser cristão é dinamismo de graça, de vida, de liberdade e de entrega.

São precisos cristãos com este fogo do ressuscitado para acolher, amar, servir, dar-se sem fronteiras e sem preconceitos. Somos chamados a uma missão de santidade que abraça as grandes causas, que renova a Igreja tornando-a bela e atraente, capaz de acolher, perdoar, servir, libertar.

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