2 de abril de 2021 – Sexta-Feira da Paixão do Senhor

A celebração de hoje revela-nos, de uma forma densa, o amor do nosso Deus. Até onde vai esse amor. Amor verdadeiramente gratuito.

Uma celebração que nos revela o verdadeiro Messias, o Filho de Deus. Uma celebração que nos revela o ser humano.

É uma celebração da Vida, da Vitória e do Amor. Vamos viver intensamente esta celebração e acolher este Amor para que se faça, em cada um, esperança da glória.

 

Flagelação e dor

A dor na nossa vida é inevitável e necessária. Inevitável porque o pecado nos privou da impossibilidade no corpo e no espírito. Necessária porque fortalece o homem na adversidade e ajuda-o a conquistar a glória. Pode sofrer-se contrariado ou aceitá-la com alegria como Jesus Cristo na Sua paixão.

A flagelação entre os judeus – cerca de quarenta açoites – era mais suave que entre os romanos.

Pilatos que havia fracassado ao ceder perante os judeus, ordena açoitar Jesus para ver se satisfazia as turbas. Os verdugos, inimigos mortais dos judeus pois não eram romanos mas assírios e samaritanos, golpeiam aquele judeu – Cristo – que cai banhado em sangue.

A cruel compaixão de Pilatos, a brutalidade dos verdugos e os nossos pecados, convertem Jesus Cristo numa chaga vermelha.

A tradição refere cinco mil açoites e Catarina Emmerich apresenta a duração de três quartos de hora. Cristo não morreu ali, tinha de subir ao Calvário, à Cruz.

O que humilha Jesus Cristo não é o ser tratado como um escravo, mas o trato do seu povo e os pecados dos homens de todos os tempos.

 

Farsa sangrenta e invento satânico

Jesus Cristo é nosso Rei, por natureza, por herança e por conquista.

A Sua coroa de espinhos é-lhe importa pela injustiça, para dor e afronta. De que nos queixamos se Cristo padeceu tanto sem proferir uma palavra?

Aprende a gostar da dor quando a tua inteligência, a tua vontade, os teus apetites devem ser banidos para não contradizer Jesus Cristo. Deixemos as vaidades, os truques atractivos, as provocações; olhemos os adornos de Cristo: por pérolas, espinhos; por perfumes, sangue; por vestidos, a velha capa de um soldado qualquer.

O Verbo era Deus, fez-Se carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade.

Era luz verdadeira que vindo a este mundo ilumina todo o homem.

«Quem de entre vós me arguirá de pecado»?

O que não peca, não deve sofrer castigo, pois fez sempre o bem e o bom.

Redimiu-nos tomando a forma de servo e fazendo-se semelhante aos homens: na condição de homem se humilhou, feito obediente até à morte e morte de cruz.

Deu-nos exemplo: Cristo é o grande exemplar na Sua vida e nos seus mistérios. «O que quiser seguir-me, negue-se a si mesmo, toma a sua Cruz e siga-me».

Na Cruz deu exemplo de caridade, obediência, justiça, constância e outras virtudes necessárias à salvação.

A cruz é a nossa força, tudo podemos naquele que nos conforta; nela morreu por nós.

 

A Cruz

A de Cristo: Os nossos pecados destroem em nós a vida de Deus, a graça. «Foi trespassado por nossas iniquidades e aniquilado por causa das nossas culpas. O castigo que nos devia redimir caiu sobre Ele, e nas Suas chagas fomos curados». Suportou e se entregou na Cruz por todos, para que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou. O pecado entrou no mundo pela desobediência do homem e foi destruído pela obediência do Filho de Deus.

A nossa: ligeira é a carga e suave é o jugo para seguir Cristo.

Sofremos enfermidades e trabalhos por nossos pecados. Temos de comer o pão com o suor do nosso rosto e um corpo frágil porque é da terra e a ela tem de voltar.

A cara terrível da nossa cruz é não querer levá-la: «terrível cruz é o pretender viver sem cruz».

Os mais santos são os que mais sofreram: Deus dá a prova e a força para suportar os sofrimentos.

Cremos na vida eterna; o nosso trabalho, na terra, é merecê-la, pelos méritos de Cristo, e vivê-la na glória e paz do Céu.

 

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