15 de abril de 2018 – 3º Domingo da Páscoa – Ano B

Nas Leituras e no Evangelho deste 3º Domingo da Páscoa há uma ideia central que será de realçar: a Ressurreição de Cristo, esperança viva da nossa fé, para além de toda a amargura do Calvário. Cristo triunfou, e triunfou na lei do Amor. Foi por amor que perdoou a quem o sacrificou e é também por amor que perdoa os nossos pecados. Isto é a alegria da nossa Páscoa, que continuamos a celebrar e que deve estar sempre dentro de nós em cada dia da nossa vida, como uma luz de esperança que ilumina o nosso caminho.
Pedro diz-nos que para além dos erros cometidos, há o perdão divino, perdão sem peso nem medida que Deus oferece a todos os pecadores arrependidos.
Mas o que é o arrependimento? Não basta bater no peito. Arrependimento é um esforço no caminho da perfeição, é um esforço no caminho da verdade, é um esforço de dar aos outros um pouco de nós, é um esforço de uma vida de atos de Amor para com os nossos irmãos e de exigência para connosco.
“arrependei-vos e convertei-vos”. Isto nem sempre é fácil, em certos momentos da nossa vida é mesmo muito difícil de aceitar todo o sofrimento que uma coerência de vida exige.
Temos Cristo ao nosso lado para nos ensinar, guiar e dar forças, quando a cruz e o caminho nos parece demasiado íngreme. Nessas alturas apetece largar tudo e fugir por aquela estrada larga e convidativa, sem pedras nem espinhos: é a estrada do egoísmo, em que a voz dos que sofrem não incomoda porque não é ouvida, é a estrada sem tabus em que não se ouve a voz da nossa consciência, é a estrada do atordoamento no vício, na riqueza, no materialismo em que não se sente o chamamento de Cristo.
Quantas vezes a tentação de seguir essa estrada nos chama. Felizes daqueles que para além desse chamamento conseguem ouvir o chamamento de Cristo: “Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo, tocai-Me” para a seguir afirmar: “Vós sois testemunhas de todas estas coisas”.
A missão da nossa vida é ser testemunha da presença de Deus. Paremos e debrucemo-nos sobre nós mesmos, façamos uns momentos de silêncio dentro dos nossos corações para ouvir bem toda a responsabilidade desse testemunho que Cristo nos pede.
Mas este testemunho tem que ser dado com alegria, a alegria de uma Páscoa florida em que Cristo venceu a morte por amor dos homens.
Meus irmãos, Cristo morreu por nós, mas no mundo continua a haver: bocas sem pão, filhos sem pais, pais abandonados, doentes sozinhos, desemprego, exploração dos oprimidos, discriminação de raças e sexos, fome de justiça, etc.

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