1 de dezembro de 2019 – 1º Domingo do Advento – Novo Ano Litúrgico Ano A

Começa hoje um novo ano litúrgico, o Ano A.
Seria ótimo que os cristãos conseguissem viver ao ritmo da liturgia.

Advento: Tempo de alegria e de esperança! Tempo de preparação! Quando esperamos um amigo muito querido os nossos corações estão cheios de alegria e cuidamos de preparar a nossa casa para bem o receber.
Também nós vamos, agora, ao encontro do melhor dos Amigos!
Celebrando o Natal, sentimos que o Senhor está novamente entre nós, como há dois mil anos, no presépio de Belém. É para este encontro que devemos preparar-nos. Mas, no Evangelho de hoje, o Senhor lembra-nos que há um outro encontro que temos marcado com Ele: no dia da nossa morte e no fim dos tempos quando Ele vier julgar-nos.
Jesus adverte-nos: «Vigiai, porque não sabeis o dia em que virá o vosso Senhor!»
Estaremos nós preparados e vigilantes, à espera deste encontro final?
Passamos a nossa vida tratando dos nossos afazeres, sem tempo para olharmos pela nossa vida espiritual.
Com que nos preocupamos? Em obtermos mais conforto, em evitarmos as preocupações, em vivermos segundo os nossos desejos. Afastamos tudo o que nos faça sofrer, procuramos ordenar o melhor possível a nossa vida material, e no meio de todos estes afazeres, só de tempos a tempos, nos lembramos de elevarmos a Deus, um rápido pensamento. Estamos como aqueles contemporâneos de Noé, de que nos fala Jesus, que comiam e bebiam, contraiam matrimónio e casavam as filhas, não pensando senão nos seus trabalhos quotidianos e que, de repente, foram surpreendidos pelo dilúvio!
O Senhor não quer que púnhamos de parte a preocupação com as coisas materiais. Ele deu-nos a Terra com todas as suas riquezas, para que extraíssemos dela os bens necessários à nossa subsistência. Mas isso não é o fim da nossa vida. É o meio para atingir o fim que nos espera: a nossa felicidade em Cristo Senhor.
Devemos cuidar do nosso corpo, porque ele é o meio de realizar a obra que Deus nos pede. Devemos criar mais riqueza para que não nos falte o necessário, nem a nós nem aos que vivem à nossa volta, devemos trabalhar para que todos os homens tenham melhores condições de vida; mas isso não nos deve fazer esquecer o fim principal da existência que é Cristo. Somos caminhantes, ao encontro d’Ele. É a esperança desse encontro que deve orientar a nossa vida.
Cuidemos das coisas terrenas, sem nos apegarmos demasiadamente a elas, aceitando os contratempos e os desgostos que vão surgindo ao longo da vida, porque eles fazem parte do caminho que nos conduzirá ao Senhor.

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