Professores de EMRC fizeram compromisso e foram enviados pelo bispo do Algarve

Dezanove dos 28 professores até agora colocados para lecionar a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) no Algarve neste ano letivo de 2016/2017 realizaram ontem o compromisso de fidelidade à sua missão, sendo depois enviados com uma bênção pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas.

Os docentes comprometeram-se a “servir a Igreja Católica presente na escola, a fim de propor e proporcionar aos alunos a visão cristã do mundo, do homem e de Deus”, a responsabilizar-se pelo “empenho” e pelo “progresso” da sua própria qualificação, pelo “aperfeiçoamento” do seu ensino, pela “coerência” do seu testemunho cristão e da sua “fidelidade” à Igreja e a “dar testemunho de uma vida coerente e comprometida eclesialmente, dispostos a assumir as orientações diocesanas e nacionais neste domínio do ensino religioso escolar”.

“A Diocese do Algarve conta convosco e com a forma original do vosso ministério da palavra para depositar na mente dos alunos o fermento dinâmico do evangelho e assim atingir realmente os outros elementos do saber e da educação até que a harmonização da sua cultura se faça à luz da fé”, disse aos professores o bispo do Algarve na celebração a que presidiu na capela do Seminário de Faro.

Na iniciativa, promovida pelo Secretariado da Pastoral Escolar da Diocese do Algarve, não obstante reconhecer que a sua missão “não é fácil”, D. Manuel Quintas lembrou aos docentes que na escola não estão sozinhos, pois representam a “Igreja toda” e exortou-os à confiança e à esperança.

No encontro participado por 18 professores que precedera a celebração e que marcou o início da assistência espiritual do cónego Carlos César Chantre ao Secretariado Diocesano da Pastoral Escolar (SDPE), o sacerdote – que foi professor de EMRC durante mais de 20 anos – referiu-se à “missão árdua da evangelização das escolas algarvias”, considerando que o panorama da disciplina no Algarve está “estimulante” para os docentes, pese embora a realidade apresentada lhe tenha causado um “misto de espanto e preocupação”.

O Algarve tem várias escolas (algumas das quais em cidades) sem horas da disciplina por não haver alunos inscritos e muitas outras com poucas horas sem professor para as lecionar. Relativamente a estas últimas, a diretora do SDPE explicou que o número de horas reduziu também porque foi permitido agrupar até 30 alunos numa turma. As escolas de Portimão são das que estão nesta situação e Edite Azinheira mostrou-se apreensiva em relação ao futuro da disciplina naquela cidade, explicando que já não restam professores algarvios profissionalizados para colocar e que os de outras dioceses não vêm para o Algarve por um horário com menos de 15 horas No encontro, em que foi incentivada a participação nos encontros nacionais de EMRC do primeiro ciclo e secundário, os professores sugeriram, entre outras coisas, a realização de ações de formação na área de prática lectiva, a interligação com o Secretariado da Catequese da diocese, a criação de uma plataforma de comunicação e partilha entre docentes, a realização de um encontro diocesano com encarregados de educação e a constituição de um grupo de professores para iniciativas de sensibilização em escolas com poucas horas e nas paróquias.por não lhes garantir meio de sobrevivência.

No último ano letivo, o Algarve contou com 34 professores a lecionar a disciplina, tendo este ano perdido seis por falta de habilitação.

O cónego César Chantre destacou o entusiasmo dos professores presentes na reunião. “Sinto neste grupo uma vontade de lutar por esta causa”, afirmou, salientando a importância da disciplina no meio escolar. “A escola tem que saber que a EMRC é uma mais-valia para todas as outras disciplinas”, destacou, pedindo aos professores que tenham “muito cuidado” com a imagem que transmitem na escola. “A questão da competência profissional na disciplina de EMRC é nuclear”, acrescentou, considerando que o professor de EMRC tem de ser um “ponto de referência” e lembrando que pela sua competência passa a sua dignidade.

O assistente do SDPE exortou ainda que os docentes possam “cultivar a alegria” nas escolas e apelou à “unidade” e à “criação de afetos” entre si; defendeu a revitalização das reuniões de zona dos professores e a realização de mais uma reunião geral dos docentes.

No encontro, em que foi incentivada a participação nos encontros nacionais de EMRC do primeiro ciclo e secundário, os professores sugeriram, entre outras coisas, a realização de ações de formação na área de prática lectiva, a interligação com o Secretariado da Catequese da diocese, a criação de uma plataforma de comunicação e partilha entre docentes, a realização de um encontro diocesano com encarregados de educação e a constituição de um grupo de professores para iniciativas de sensibilização em escolas com poucas horas e nas paróquias.

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