A FÉ NÃO VAI DE FÉRIAS

O verão está aí e com o verão chegam as férias. Com certeza, anda por aí muita gente a pensar como vai fazer para ter umas boas férias. Aqui ficam três sugestões para umas férias bonitas e proveitosas.

Tempo para a saúde física e espiritual
As férias podem ser aproveitadas para descansar o corpo e refrescar o espírito. Andamos tão cansados e agitados com os problemas da vida do dia a dia no meio de uma sociedade materialista, que tantas vezes nos encontramos vazios e insatisfeitos.
Nas passagens de nível dos caminhos de ferro havia um letreiro que dizia «páre, escute e olhe». Este pode ser um bom programa para as nossas férias: sermos capazes de parar, para escutar o nosso coração e contemplar a beleza de Deus que está presente nos acontecimentos, na Natureza e nos outros. E, então, seguir em frente com otimismo e coragem, dando um novo rumo à nossa vida.

Férias um luxo só para poucos
Para a maior parte das pessoas que vivem no mundo, a vida é uma luta contínua pela sobrevivência e contra a fome e a pobreza. Para estas pessoas não há férias. No mundo atual, milhões e milhões de pessoas vivem sem o mínimo de dignidade humana e são vítimas da sociedade injusta em que vivemos. Não podemos fechar os olhos e o coração e ficar indiferentes perante os dramas da Humanidade. Lembro-me de uma canção que eu gostava muito de cantar: «Como posso ser feliz, se ao pobre meu irmão, eu fechar o coração, meu amor eu recusar?» Como cristãos e como seres humanos, somos chamados a ser solidários e a construir um mundo mais fraterno e mais justo para todos.

A fé não vai de férias
As férias não são tempo de preguiça espiritual. Há pessoas que só rezam quando lhes convém ou lhes apetece. Durante as férias deixam de rezar e de ir à igreja porque não fazem qualquer esforço para isso. Faz-me lembrar a história do fato domingueiro. Antigamente as pessoas durante a semana andavam todos sujos a trabalhar. Mas, quando chegava o domingo, aprumavam-se e vestiam o fato domingueiro para ir à igreja. Ao fim do dia, punham de novo o fato no cabide dentro do armário e voltavam para a sua vida normal. Não podemos ser cristãos de domingo e pôr a nossa fé no cabide durante a semana.
Outros parece que têm uma fé do tipo pisca-pisca. A fé deles acende e apaga como o pisca-pisca do carro. Fica acesa quando Deus atende os seus caprichos; mas se Deus não lhes faz a vontade, a fé deles apaga-se logo; ficam revoltados e deixam de rezar. A fé de pisca-pisca não tem valor nenhum.
Acolhamos o convite do Papa Francisco: «Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação em que se encontre, a renovar o seu encontro pessoal com Jesus Cristo, ou, pelo menos, a deixar-se encontrar por Ele e de O procurar dia a dia sem cessar». (A Alegria do Evangelho 3).

 

Fonte: Família Comboniana
Nº 242 | julho /agosto
Autor: Pe. Dário Balula Chaves

Check Also

De 14 a 21 de abril de 2024 | SEMANA DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES /2024

NOTA PASTORAL – Para quem sou eu? Entre 14 e 21 de Abril, decorre a …

Sahifa Theme License is not validated, Go to the theme options page to validate the license, You need a single license for each domain name.