7 de maio de 2017 – 4º Domingo da Páscoa -Ano A -Domingo do Bom Pastor

Por feliz iniciativa do Venerável Paulo VI, foi instituído neste 4º Domingo da Páscoa – Domingo do Bom Pastor – o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.

Toda a Vocação é um dom do Espírito Santo, que não podemos alcançar pelos nossos humildes esforços, mas pela oração perseverante.

Unamos, pois, a nossa oração à do santo Padre, implorando muitos e santos operários para a Messe do Senhor.

Jesus Cristo, único Bom Pastor

Com palavras eloquentes e desassombradas, S. Pedro, revestido da força do espírito santo, anuncia aos Hebreus reunidos junto do Cenáculo, na manhã do Pentecostes, Jesus Cristo como o Messias prometido, o único Salvador do mundo.

Jesus Cristo, único Salvador. Pela Sua Paixão, Morte e Ressurreição, restitui-nos a vida da Graça – a participação na vida da Santíssima Trindade, guia-nos com a Sua Palavra nos caminhos da Salvação, alimenta-nos com os Sacramentos e fala intimamente connosco na oração.

Desejando continuar no mundo a Sua ação salvadora, escolheu homens a quem, desde os Apóstolos até à consumação dos séculos, administra o sacramento da Ordem, pedindo-lhes a sua visibilidade – a sua voz, mãos, olhar, coração – para continuar a ação salvadora.

Deste modo, Jesus Cristo continua a ser o único Bom Pastora da Igreja, multiplicando a Sua Presença e ação por meio dos sacerdotes.

Um problema urgente. De novo ressoam dentro de nós as palavras do Divino Mestre: «A messe, de facto, é vasta, mas os operários são poucos. Rogai – pedi com insistência – ao Senhor da messe que envie operários para a Sua messe». (Mt 9, 38).

A messe, como sabemos, é o mundo dos homens. Reclama generosidade da nossa parte para os cuidados dela. Significativamente, o Senhor não fala de terreno de cultivo, mas de campos de trigo loiro ondulando ao vento. O terreno pode esperar algum adiamento; e cultivar-se à vez. A messe exige trabalho urgente, para que o grão de trigo não se perca, porque está ameaçado por dois riscos principais: cair ao chão, quando se adia a colheita; e ser comido pelas aves do céu.

O Senhor fala-nos em dar a este problema uma resposta urgente, para o déficit de operários seja rapidamente superado.

Aponta como resposta a oração de petição perseverante (rogate), para que o Senhor da messe envie operários: os chame e lhes dê a graça da generosidade na resposta.

Mas, na espiritualidade cristã, a oração é inseparável da acção, isto é, de fazermos humanamente tudo o que está ao nosso alcance para lhe dar uma solução. O contrário seria tentar a Deus.

Olhando à nossa volta, deparamos com uma descristianização – paganização – galopante. As pessoas andam como ovelhas sem pastor. Há uma tal agitação de ideias erradas, que as pessoas não sabem para onde se hão-de voltar. Além disso, a ignorância religiosa é clamorosa, na maior parte dos casos.

A agravar esta situação, está o problema de que, quanto menos cuidado está o rebanho, menos as pessoas se queixam. A fome leva à apatia do rebanho.

Deus nunca falta! A nossa oração e ação não faria sentido sem a certeza – confiança plena – que nos dá a fé de que Jesus Cristo nunca abandonará a Sua Igreja: «Eis que estarei convosco todos os dias até ao fim do mundo.» (Mt 28, 20). E acrescenta: «ciente da atividade constante do Espírito Santo na Igreja, intimamente crê que nunca faltarão completamente à Igreja os ministros sagrados […].» (JOÃO PAULO II, Ex. Apost. Pastores dabo vobis, n.º 1).

Portanto, «a primeira resposta que a Igreja dá consiste num acto de confiança total no Espírito Santo. Estamos profundamente convictos de que este abandono confiante não nos há-de decepcionar, se entretanto permanecermos fiéis à graça recebida.» (P. D. V. n.º 1).

Mas não basta confiar e cruzar os braços. «Por este motivo, a confiança total na incondicionada fidelidade de Deus à Sua promessa está ligada na Igreja à grave responsabilidade de colaborar com a ação de Deus que chama, de contribuir para criar e manter condições as condições nas quais a boa semente, semeada pelo Senhor, possa criar raízes e dar frutos abundantes.»(P. D. V. n.º 1). A Igreja nunca pode deixar de pedir ao Senhor da messe que mande operários para a Sua messe (cf. Mt 9, 38), de dirigir uma clara e corajosa proposta vocacional às novas gerações, de as ajudar a discernir a verdade do chamamento de Deus e corresponder-Lhe com generosidade, e de reservar cuidado particular à formação dos candidatos ao presbiterado.» (P. D. V. n.º 2).

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