24 de junho de 2017 – Solenidade de São João Baptista

Celebramos hoje o Nascimento de S. João Baptista, o último e o maior dos Profetas. Foi grande aos olhos do Senhor e cheio do Espírito Santo desde o seio materno. Muitos se alegraram com o seu nascimento. «Entre os filhos de mulher, ninguém foi maior que S. João Baptista» – foi o elogio que dele fez o próprio Jesus Cristo; a acrescentou: «Mas o menor do Reino de Deus é maior que ele».
Demos graças a Deus por este grande santo e louvemos o Senhor pelas maravilhas do seu amor por nós.

1. A humildade de João Baptista.
«Eu não sou aquilo que suspeitais de mim. Mas olhai que, depois de mim, vai chegar Alguém, a quem eu não sou digno de desapertar o calçado que traz nos pés» (2ª leitura da Missa do Dia).
Consciente da sua missão, S. João Baptista dirá também, referindo-se a Jesus Cristo: «Importa que Ele cresça e que eu diminua» (Jo 3, 30).
A humildade é o alicerce da santidade; é o fundamento da oração:«A humildade é a disposição necessária para receber gratuitamente o dom da oração: o homem é um mendigo de Deus» (Catec. da I. Cat., n.º 2559); «A humildade confiante repõe-nos na luz da comunhão com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo, bem como dos homens uns com os outros» (Idem, n.º 2631).
«Exercitai a humildade porque Deus resiste aos soberbos, porém dá a sua graça aos humildes» (1 Ped 5, 5).
«Dá-nos o auxílio da tua graça porque sem Ti nada pode a debilidade humana» (Liturgia).
2. A austeridade de João Baptista.
«João tinha um vestido de lã de camelo e um cinto de coiro à volta dos rins, e o seu alimento eram gafanhotos e mel silvestre» (Mt 3, 4).
O seu género de vida extremamente austera estava na linha de alguns profetas do Antigo Testamento e, de modo especial, do profeta Elias. Naquela região do deserto da Judeia, onde ele começou a pregar, a forma de vestir e o alimento que é indicado por S. Mateus constituem as maneiras mais elementares de subsistir. Com o seu próprio exemplo, João Baptista indica quais as disposições penitenciais necessárias para ir ao encontro de Cristo. A Liturgia cristã do Advento apresenta-nos João Baptista como exemplo de penitência e mortificação.
«Jesus impõe aos seus discípulos que O prefiram a tudo e a todos e propõe-lhes que renunciem a todos os seus bens por causa d’Ele e do Evangelho…O preceito do desapego das riquezas é obrigatório para entrar no Reino dos Céus» (Cate. I. C., n.º 2544).
A austeridade e temperança no uso dos bens terrenos, evitando qualquer apego às riquezas, é um meio eficaz para ordenar com rectidão os próprios afectos, de modo a não ser impedidos de avançar na perfeição da caridade.
«O Senhor lamenta-se dos ricos porque eles encontram a sua consolação na abundância dos bens» (Cat. I. C., nº 2547).
3. A coragem de João Baptista.
«Herodes prendera João, pusera-o a ferros e lançara-o numa prisão, por causa de Herodíade, mulher de Filipe, seu irmão. Porque João lhe dizia: ‘Não te é lícito tê-la’» (Mt 13, 3-4).
. João Baptista não hesita em repreender o comportamento imoral do tetrarca Herodes, cujas relações ilícitas estavam expressamente proibidas na Lei (Lev 18, 16; 20, 21) e eram escândalo notório para o povo.
de ser «fortes na fé» (1 Ped 5, 9), em primeiro lugar mediante o conhecimento aprofundado do conteúdo da doutrina cristã, de modo a termos convicções profundas e um grande amor à verdade, usando bem a inteligência; em segundo lugar, por meio da oração; pode-se conhecer perfeitamente a Sagrada Escritura, pode-se ser instruído na Filosofia e na Teologia e, ao mesmo tempo, não ter fé ou vir a naufragar nela; porque só Deus é a nossa fortaleza. Por isso, S. Paulo nos recomenda, na linha do Evangelho: «Orai sem cessar» (1 Tess 5, 17). Com a graça do Senhor, tudo podemos; sem a sua graça, nada podemos.

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