19 de fevereiro de 2017 – 7º Domingo do Tempo Comum – Ano A

A fé cristã assenta na sabedoria que vem de Deus e não do mundo. Somos convidados a olhar para os homens nossos irmãos, amando-os como Deus os ama. A santidade a que somos chamados consiste em fazer a vontade de Deus nosso Pai, que ama a todos, sem distinção. Amando os que nos perseguem e orando pelos nossos inimigos, sabemos que somos filhos de Deus. Quanta exigência e quanta motivação contida nesta frase imperativa do Divino Mestre: Sede perfeitos como é perfeito o vosso pai celeste!

«Amarás o teu próximo como a ti mesmo!»

No Domingo passado, ouvimos Jesus dizer que não veio revogar, mas dar pleno cumprimento à lei e às profecias. Hoje, continuamos a ler este discurso, tirado do capítulo quinto de S. Mateus, conhecido como o Sermão da montanha. Jesus explica a novidade da Nova Aliança, do Novo Testamento, cuja base assenta na caridade para com todos os homens! O preceito «de amar o próximo» é antigo! «Amarás o teu próximo como a ti mesmo!» (Lev 19,17-18) Na prática, este mandamento, limitava-se aos membros do povo bíblico. Jesus alarga o horizonte e pede-nos para amarmos todos os homens, nossos irmãos. Este amor universal torna-se sinal credível daquele Amor eterno e compassivo de Deus para com toa a humanidade. Por isso, Jesus convida-nos: «Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste!» Apontando para o exemplo do Pai celeste, que faz brilhar o sol para bons e maus e que manda chover para justos e pecadores, Jesus pede-nos para dar a outra face e amar os inimigos. Jesus aponta-nos uma meta muito alta para não nos contentarmos com a mediocridade. O horizonte do Reino de Deus não fica limitado pelas dificuldades da terra, mas alarga-se até ao Céu! Deus é Pai de todos. Não podemos classificar os nossos irmãos como bons e maus, com base em critérios ideológicos, religiosos, étnicos ou morais: «Deus não faz acepção de pessoas!» (Rom 2, 11) Só Deus é termo de comparação para todos, porque Ele é «Clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade». E se alguém é mau para connosco não é negando-lhes a chuva e o sol da nossa bondade que se tornará melhor. Além disso, recordemos que «Jesus morreu por nós quando éramos pecadores!» (Rom 5, 8) Deus ama gratuitamente! Deus é justo e Santo! Aceitemos o seu convite que nos dirigiu no livro do Levítico: «Sede Santos porque Eu sou Santo!» A nossa bondade para com todos á aquela luz que há-de brilhar no mundo para que os homens vejam as nossas boas obras e nos possam reconhecer como discípulos de Jesus e glorifiquem O Pai que está nos Céus! Além disso, o nosso amor fraterno é sinal da nossa filiação divina! Guardemos no nosso coração a Palavra que Jesus nos dirige e ponhamo-la em prática com diligência para alcançarmos a perfeição, a santidade: «Amai os vossos inimigos! Orai pelos que vos perseguem para serdes filhos do vosso Pai celeste!»

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