15 de agosto de 2014 – Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

          A solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao céu em corpo e alma, é das festas litúrgicas mais antigas em honra de Nossa Senhora e a primeira a ser celebrada com vigília.

         Tem vários nomes: Assunção – que quer dizer ser elevada ao céu; Dormição – porque segundo alguns a Senhora não morreu, antes dormiu, acordando na eternidade; Trânsito – porque foi uma passagem deste mundo para o outro; Natal – porque a Igreja celebra o dia da morte dos santos como o nascimento definitivo para a vida eterna; Senhora de Agosto – porque já se celebra neste mês desde o século VII; Senhora da Abadia – porque naquele santuário Mariano, o mais antigo de Portugal e talvez da Península, se celebra neste dia a Assunção com esta invocação.

         O dogma da Assunção foi definido por Pio XII no dia 1 de novembro de 1950. Assim ensina o Catecismo da Igreja Católica: finalmente a Virgem Imaculada, preservada e imune de toda a mancha da culpa original, terminando o curso da vida terrena, foi elevada ao céu em corpo e alma por Deus como Rainha. A Assunção da Santíssima Virgem é uma singular participação na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos (nº 966).

         Nada sabemos da vida de Maria depois do Pentecostes, nem das circunstâncias da sua morte. Não sabemos nem o quando nem onde o onde da Assunção. Seria em Éfeso onde segundo a tradição, vivia com São João? Seria muito tempo ou pouco depois da Ascensão de Jesus? Teria morrido ou não, como gostam de afirmar os cristãos orientais com a palavra Dormição?

         Uma coisa é certa: Maria foi elevada ao céu em corpo e alma. E nenhuma destas interrogações bole com o dogma que professamos. Este afirma apenas o seguinte: Nossa Senhora, a exemplo de Jesus ressuscitado, vive em corpo e alma no céu triunfante e maternal.

          A Assunção de Maria coloca-nos perante o tema da novidade pascal e da esperança. Do mesmo modo que a Mãe de Jesus, já glorificada no céu em corpo e alma, é uma imagem e início da Igreja que se há-de consumar no século futuro, assim também na terra brilha como sinal de esperança segura e de consolação para o povo de Deus ainda peregrino, até que chegue o dia do Senhor (L.G.68).

         Maria é sinal de santidade. O seu nascimento para o céu é o começo da glorificação definitiva que os filhos mortais esperam de Deus, em virtude da Redenção da Cruz. Esta glorificação será o remate, o prémio da santidade. Cristo, com a sua Mãe e a nossa colaboração, irá arrancando em nós as raízes das injustiças, do orgulho, da mentira. Temos de assumir as nossas responsabilidades neste trabalho que é de cada hora, que é de sempre. Aqui radica o otimismo cristão.

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